quinta-feira, 26 de maio de 2011

breeze

Essa brisa é o meu frio. O meu frio não tem temperaturas negativas... É quando tem sol, quando percebe-se o divino papel da sombra, - puta merda como gosto de uma sombra - quando sentimos mesmo nossa pele ficar quente, e aí sim uma corrente leve de ar frio, quase gelado, vem de um lado e vai passando... e vai... porque ela não é só um susto, ela dura... poucos segundos que te fazem parar, soltar, fechar e: Respirar... Foi a primeira - quiçá única - hora do dia que sentisses uma sensação boa de estar vivo. "Vamos lá." E partes.

terça-feira, 17 de maio de 2011

ah,
se soubessem o sono que sinto
não fariam-me esperar tanto
os olhos agem como tansos
e caio no meu labirinto

é doce esse sono que sinto
mas peco em não afagá-lo
sei que sinto mas não falo
eu não poderia saber

ah,
quem eu (...)

sábado, 14 de maio de 2011

ciúmes da natureza/meu primeiro soneto

quando voas os mares do Brasil
a vasta natureza te encanta
são desenhos tão ricos nossas plantas
que não pensas mais em mim: sou vazio.

queria eu ser verde, colorido
te encantar os olhos cor de céu
mas trago no meu peito tanto fel
que não escondo à vida meu pedido:

amor retribuído, junto, perto
cansei da solidão, vim do deserto
pois deixa o que é lindo pra lá!

tanto mar corre em mim, Bel viajante
não faltará lugar, Deus nos garante!
ir e vir é só saber imaginar

ele

entrou pela sala
tirando-nos qualquer vida
um intruso só

ideias amargas
embate vão com o mundo
morreu sem viver