segunda-feira, 30 de janeiro de 2012


Em cada gesto frio
Três nuvens;
Silencio por séculos
De esplêndida escuri-
Dão.

Darão a quem o troféu
De mais bem vivido
Ou de Satanás, o Cão?

Anoitece na cidade,
Anoitece em meu coração.
Do oposto à vida
Ao gosto pela maldade.

Egoístas, pais da não-paz!
Que querem de mim?
O corpo, a voz, ou
As vontades enfim?

Meu caminho tão menino,
Entre árvores e traves,
Ferido e maltratado
Com sua cara assustada.

Espante-se com o espelho, oras!
Largue a minha bola, eu
Conduzo como poucos
Desde os tempos de escola!

Pra lá o espanto!
Aqui o encanto
E a descoberta.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Já não gostei


          Como não cair
em tentação com o mau dito
e o mau dizer do pensamento
sobre as dores do esquecer?

A nau que partiu aqui e ainda há pouco vagava
pelos cantos desenhados dum mapa
enfim,
            naufragou.

Não sou eu nem mais tu nem mais “ah, nós!...”.
É eu,
         tu,
(e  nós n’alguma caixinha).

Véus de popa.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nomenclaturas


I

O vô ainda vê
As moças da sacada.

II

A mãe ainda pergunta
Se sentiu sua falta;
Ele rindo bobo
Responde ao fone que sim.

III

Que são eles
Que não eu?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

escrever
é mais espirrar que esculpir

esvazio

sábado, 7 de janeiro de 2012

bocas novas:
novos silêncios.

domingo, 1 de janeiro de 2012

notas de um transformador em-si mesmado

primeira parte: monólogos
segunda parte: diálogos
terceira parte: conversas (dos amigos)
Porra raça,
vamo combinar de jogar um futebol sem bola!
Pro Rodrigo,
essa que vi na internet:
"Nunca confie na lua.
Ela já traiu a Joelma."
Hahaha eles têm um cachorro gigante!
E a música que se expõe demais,
com palavras justas...,
é poesia?
Inventei uma palavra que,
sem saber, já sabia:
                             futebola.