segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

dor do espirro


no momento
 anterior ao espirro
reproduzi a face de uma dor e angústia
                                                                      que

nunca  espontaneamente em resposta ao mundo esbocei por sofrer de fato.

 As contrações do meu corpo, como
 surgem tão selvagens! Tenho a dupla sensação de medo
e gozo!

Mas o ataque é efêmero, vai
 como voz, no caminhar
do tempo, ao assolar das memórias oníricas, exa-
tamente à hora do isolar-se.
Tortura-me o instante
                                        posterior
ao espirro, o
baixar da poeira então o breu,
a difusa jornada da matéria palavra aos
poções da nossa mente-imaginação!
                                                                    E onde estão
Então
 as clara-nítidas percepções do espirrar à fora?

Músculos e coração bem
                                            rijos como um entrá-encolher-se,
testas lancinantes e olhar em-si mesmado,
 ar estranho em falso um quê salgado. Ah,

Acho que é melhor me esquecer...