triste é o olhar embriagado,
que com o peso dos olhos vê o todo entortado
atordoado de prazer.
todo sentimento é pouco,
toda vida é o bastante
e o agora é louvado a ponto de deixar-se de lado
o porvir e o amanhã
afinal,
a quem pertence o amanhã?
é tudo e agora.
depois é outrora
e outrora não passa de uma outra hora
que só chegará depois da hora de agora,
e depois de agora
a embriaguez,
talvez,
não esteja mais latente.
quer-se,
apenas,
o presente,
e o presente é amor, torpor e tesão.
todo sentimento é pouco
e não-silenciado,
lindo é o olhar embriagado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário