Algo que comece sem palavras
e então
surja como forma abstrata um tesouro
escondido do panóptico
Sem vigilância
desenha-se
livre
nas curvas
das letras
das vi-
vências
encontros, desavenças
do perdido eu
consigo
transformando-se em célula real
poesia
arte
?
Que dirão
as linhas
e a quem?
Tocará
aquém
aonde?
Alguém sofre
alguém ama
alguém
chora
ao ver
ouvir
sentir
as linhas
as formas
de alguém
E de quem a arte, quem tem?
Michelangelo apenas revelou
o homem
que avistava
preso no bloco de mármore.
Revelaremos nós?
os montros semi-prontos
que estamos a guardar?
quarta-feira, 28 de março de 2012
segunda-feira, 12 de março de 2012
Caminhada
O peso
de cada carne do meu corpo
pesa-me
agora
dum jeito torto
de cansaço.
Morto
e mais que pronto
prum sequente caminhar
na areia quente
da estrada
pelas vilas
da estrada
que embocam
no mar:
E seguir o mar
até os manguezais
e deles mesmo passar!
chegando
aos edênicos
coqueirais...
E catar coco, quebrar coco,
se banhar da água do coco
para perfeito estar:
tudo,
todo.
Pouco preciso,
e tenho muito
o que ainda caminhar.
de cada carne do meu corpo
pesa-me
agora
dum jeito torto
de cansaço.
Morto
e mais que pronto
prum sequente caminhar
na areia quente
da estrada
pelas vilas
da estrada
que embocam
no mar:
E seguir o mar
até os manguezais
e deles mesmo passar!
chegando
aos edênicos
coqueirais...
E catar coco, quebrar coco,
se banhar da água do coco
para perfeito estar:
tudo,
todo.
Pouco preciso,
e tenho muito
o que ainda caminhar.
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