segunda-feira, 12 de março de 2012

Caminhada

O peso
de cada carne do meu corpo
pesa-me
agora
dum jeito torto
de cansaço.

Morto
e mais que pronto
prum sequente caminhar
na areia quente
da estrada
pelas vilas
da estrada
que embocam
no mar:

E seguir o mar
até os manguezais
e deles mesmo passar!
chegando
aos edênicos
coqueirais...

E catar coco, quebrar coco,
se banhar da água do coco
para perfeito estar:
tudo,
todo.

Pouco preciso,
e tenho muito
o que ainda caminhar.

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