Ai, essas vozes...
Ah, quem sou eu...?
Tudo que sinto te digo
logo ao pé do ouvido.
Vivo o delírio sem eu...
Fora, fora, fora...
esguio-esquizo-esquisito.
Raiva, quanta raiva,
fechando o porta-malas,
já tive de você!
Por que calas,
siri,
na hora de não calar?
Teu silêncio é o meu naufrágio, minha solidão,
minha desrazão com as coisas do mundo que deveriam ter qualquer sentido!
Teu silêncio é a minha dúvida.
Embriaguemo-nos, eu,
entremos madrugada a fora nessas conversas de crianças que dormem uma ao lado da outra,
essas imagens que ficam,
metamorfose onírica...
Ouço-te com ouvidos de filho,
de amigo, inimigo,
camelo, leão, criança. Sim,
embriaguemo-nos,
vamos ver quão longe podemos chegar,
quão perto...
Testemos essa ponte!
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