uma eternidade de poemas:
assim são as conversas
ao pé da lua,
nos braços da mãe embriaguez,
que nos faz ver o mundo de muito longe,
onde os corpos não alcançam nem calculam;
onde tudo é repensado e discutido;
onde eu posso estar
ao mesmo tempo
aqui,
agora,
nesse dormir e acordar que é a vida conhecida,
mas também lá fora... fora...
do círculo.
oh, deus, quantas foram as rodas
de conversa,
de completo estado de alteração de consciência,
de sensações vivas,
de hipóteses sobre a vida, sobre o homem
que escreve,
que vê tudo diferente, que tem seus motivos, que ama e não entende por quê!
quantas?
pois quando me sento com pessoas lindas
- como são lindas!... -
e falamos sobre tudo isso
(ISSO)
e vemos o céu, as árvores (de baixo),
as construções com suas bolas giratórias que não entendo no telhado,
a vida que nos foi concebida e que perdemos tanto tempo agradecendo, concordando, carregando,
sob duras ameaças do esboço que ela é,
suas consequências! decorrências!
"Veja bem, menino!" - vozes dentro de nós agora
ah...
sentemos,
rodemos,
fujamos para lá:
para o absurdo e mais-o-que-você-quiser
universo da poesia.
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