o silêncio se foi.
as vozes surgiram da terra,
por acaso,
algo marcado de dúvida e abalo
que,
inevitavelmente,
bum:
explode.
são os tempos novos,
da ressurreição,
da revolução,
da respiração.
o ar...
cinza do pó da vida,
poeira de civilização,
mostra-se intragável
- tosse seca de quem não cabe o mundo nas mãos.
sigamos, irmãos,
há muito o que ser rompido
nas almas costuradas fio por fio.
o preço do passo
é incurável,
porém,
que é a vida que não ir sem poder voltar?
já não volto pro mesmo lugar,
já sou outro, portanto,
como o rio que mergulho todo verão.
aceno de longe,
eis a minha despedida
aos que logram-me na fila,
obediente,
consciente,
responsável,
correto,
fechado.
tirei tudo,
to pelado.
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